terça-feira, 19 de novembro de 2013

Música, pra que te quero?

Para que serve o teu silêncio, a tua PAUSA? E teus passos tão bem divididos por um COMPASSO? Tua forma tão HARMONIOSA e delicada de ser induz a nossa criatividade a produzir a MELODIA da vida inspirada pelo RITMO do nosso coração. Com tua magnitude, percorremos diversos lugares, conhecemos diversas culturas, aprendemos inúmeras línguas, unimos povos, abraçamos as diferenças e nos tornamos empáticos e felizes. É-nos dado por ti, o dom da inspiração. E tu, o que fazes? Continuas grandiosa, inspiradora e humilde. Já percorrestes tantos caminhos... Desde a pré-história quando os primeiros humanos produziam o teu som, pois era em ti que eles encontravam liberdade para projetar seus desejos e outras sensações que os libertassem da razão. Passastes pelo Egito e, lá fostes contemplada, em seguida fostes à Ásia e, com expressividade, fostes desenvolvida. Na Grécia, representada por “letrinhas”, na Europa tornaram-te clássica e em nosso lindo Brasil, nomearam-te POPULAR. O teu ritmo a torna mais independente, porém mesclado aos teus sons melódicos e harmoniosos, consegues alcançar o mais necessitado Ser. Ao sair da tua instrumentação, deparamo-nos com vozes que ecoam de corpos sedentos por ti que, de forma fiel, expressam seus mais profundos sentimentos. Tua contemporaneidade nos assusta, no entanto a torna ainda mais generosa diante de tanta diversidade humana. Tu és a mais democrática de todas as artes. Dotada de tanta beleza e singeleza, percorres corações apaixonados, iludidos, amargurados, felizes e infelizes. Lapidas e educas seres humanos com tanta maestria que quem serve a ti não te deixas jamais. Drica Souza

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